E o tempo passou, as pessoas mudaram
e o que aprendi virou cinza... pó.
E os meus olhos? Ah os meus olhos,
antes espertos, perspicazes e radiantes...
Eles esqueceram de como brilhar,
agora parecem cansados, semi-cerrados
e opacos.
As minhas idéias? Desapareceram!
Juntamente com a minha compaixão,
com a minha razão e meus princípios.
Meus pensamentos esqueceram
de como se faz para pensar.
E aqueles? É, aqueles mesmo...
Aqueles que diziam ser seus amigos
Onde eles foram parar?
Aqueles se perderam no tempo
juntamente com toda a essência do ser
que deu lugar ao parecer, às idéias fracas,
às mentes estúpidas e à ignorância sórdida.
E quanto aquilo que um dia
lhe pareceu amor?
Foi doença da mente, efeitos alucinógenos
de uma droga forte, vendida nas ruas escuras
comprada por indivíduos fracos, estultos
e improfícuos.
Palavras reconfortantes não serão necessárias,
novos amores serão dispensáveis desta vez,
afinal, amores...
Eles são todos iguais, não são eternos.
Nada é.
Deixarei o tempo passar mais uma vez,
e quando passar, levar-me-á junto,
não hesitarei, com a mais absoluta certidão
de que você não precisará de mim
o quanto eu precisei de você.